2022 é o ano do azar dos reality shows?

fotomontagem de tadeu schmidt na sala do bbb22, adriane galisteu posando para o power couple brasil 6, jurados do masterchef brasil na bancada e fernando fernandes na ilha de no limite

Um dos gêneros de programas televisivos mais assistidos e queridos pelos brasileiros é o de reality show, e por conta disso, os mais variados programas e dos mais variados formatos foram criados ou adaptados para nossa cultura, e diversos estreiam na grade televisiva durante o ano. Todavia, o ano de 2022 se mostrou extremamente fatal quando o assunto é reality show, pois nenhum está de fato emplacando com os fãs, com a audiência das atrações caindo e o engajamento sendo muito menor do que já fora.

A seguir, em um texto opinativo, OFuxico vai comentar os principais reality shows que já foram ao ar este ano e comentar a recepção do público, começando pelo título mais popular do gênero no país: o “”, mesmo a atração da TV Globo começando extremamente esperada pelo público após o sucesso estrondoso das duas edições anteriores.

Porém, conforme as semanas foram passando, o reality foi caindo no interesse dos espectadores, que aos poucos foram deixando de assistir à atração diária e seus acontecimentos repercutindo menos. As principais críticas foram as faltas de acontecimentos, muito por conta da filosofia pregada sobre ser o “BBB do amor”, ou seja, em que os participantes se gostavam e odiavam, principalmente no início, votarem entre si para os paredões.

Isso trouxe menos atritos, deixando o público decepcionado. Mesmo quando os ânimos esquentaram no decorrer da temporada, os fãs enxergaram como ou uma forçada na situação ou já era tarde demais para se apegar a um participante e organicamente torcer por ele.

Falando de torcida, muita gente enxerga que o favoritismo dedeixava o reality show menos interessante de se assistir, pois os resultados dos paredões ficavam previsíveis.

EXCESSO DE TRETAS TAMBÉM NÃO É O CAMINHO

Muita gente poderia dizer que o não-sucesso do “BBB22” se resumiria apenas à falta de conflitos, mas se fosse esse o caso, o “”, da Record TV, teria feito sucesso, e novamente, o público não abraçou o programa como foi feito nos anos anteriores.

Recheada de participantes polêmicos, a atração de casais teve treta atrás de treta, bate boca atrás de discussão, e até mesmo ameaças variadas foram feitas, como de processo judicial. , que não se sentia confortável em assistir, menos ainda em repercutir o que acontecia, pois “mais um conflito” não chamava atenção.

Com isso, notamos que é necessário um equilíbrio, para que o público se surpreenda com as brigas ao mesmo tempo que curta e se afeiçoe a quem está no elenco, fazendo com que surjam as torcidas e o boca a boca natural.

A QUESTÃO COM AS GRAVAÇÕES

Dois reality shows tinham de tudo para bombar: elenco forte, conflitos, reviravoltas, provas de tirar o fôlego e convivência orgânica dos participantes. Mesmo assim, “” e “” também não foram abraçados pelo público.

Na atração da TV Globo, em relação ao ano anterior: a entrada de na apresentação, o anúncio dos participantes e até mesmo a complexidade das provas. O da Record TV contou com “acertos” (na visão dos internautas) e com elogios similares.

Porém, eles compartilham coisas em comum, como o fato de já serem gravados, ou seja, perdem o ineditismo das atrações “ao vivo”, de coisas estarem acontecendo em tempo real, seja na emissora ou no pay-per view, o que gera menos engajamento na web, além de que o telespectador não necessariamente guarda quando a exibição é feita quando as gravações não são todos os dias (no caso de “No Limite”).

Outro problema de ser gravado é o fato de que muitos resultados , acabando- com as surpresas que poderiam ser proporcionadas a quem acompanha.

Por fim, a agenda dos participantes funciona de forma diferente, e enquanto nos programas diários os eliminados podem rapidamente serem entrevistados nas atrações da emissora em questão ou já gravar algum conteúdo, a logística para se repetir nas gravadas é muito mais complexa, e por muitas vezes nem acontece.

HÁ UM DESGASTE DOS FORMATOS EXISTENTES?

Por fim, não podemos ignorar um fator importante: todos os programas citados não estrearam este ano, ou seja, não são inéditos, apenas sofreram leves atualizações. O mais novo é o “Ilha Record”, que estreou ano passado, enquanto os outros já possuem mais de cinco edições.

Este fato pode trazer um desgaste maior na visão do público, que pode enxergar isso como repetitivo. Porém, todos estes buscaram adicionar ou alterar alguns métodos, como a chegada do grupo “Camarote” desde o “BBB20”, ou seja, em algo modo, trouxeram algum frescor.

Entretanto, o mesmo não pode ser dito de qualquer versão do “” (com cada programa mudando a que grupo os participantes pertencem) e do “”, que estão há anos no ar com a mesma fórmula, mudando no máximo algumas dinâmicas, mas sem mexer na estrutura habitual.

Isso pode acabar deixando esses realities cansativos, parecendo sempre a mesma coisa, só que com pessoas diferentes, deixando menos atrativo de acompanhar.

SEGUNDO SEMESTRE E 2023 DA RECUPERAÇÃO

Porém, isso não significa que o gênero de reality show no Brasil tenha acabado e não possa ser revigorado, afinal, estamos falando de anos de história e de sucesso que até hoje deixam os fãs impressionados pelas conquistas obtidas em suas respectivas emissoras.

Falando nas empresas, elas são igualmente poderosas e competentes, e com certeza buscarão reencontrar o caminho e descobrir o que o púbico busca atualmente, assim como fisgar novos espectadores, podendo dar a volta por cima no ano de 2023.

E 2022 ainda não acabou (nem o “Ilha Record”), então muitas estreias ainda podem surpreender os fãs, como ”, “The Voice Brasil 11”, “De  Férias com o Ex Brasil”, entre tantos outros.

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