Pantanal: Rafa Sieg diz que cena tensa de Juma e Solano durou três dias
O ator Rafa Sieg foi escolhido para dar vida ao matador de aluguel Solano, que será o “braço direito” de Tenório (Murilo Benício) na vingança contra Maria Bruaca (Isabel Teixeira) e a família de José Leôncio (Marcos Palmeira).
Na primeira versão de “Pantanal”, exibida em 1990, depois de todas as suas maldades durante sua passagem pelas fazendas rivais, ele enfrenta Juma, que foi interpretada por Cristiana Oliveira, na tapera e é morto, após ela virar onça. Nesta versão, Rafa Sieg, que dá vida Solano nesta versão, não entrega se tudo será exatamente igual, mas contou que uma “cena tensa” com Juma durou três dias de filmagens.
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“No encontro com a Juma, ela vai ter uma transformação linda, que eu espero que seja uma surpresa legal para o público. É uma cena que ficamos três dias fazendo essa sequência com um cuidado maravilhoso. A Alanis é uma atriz maravilhosa, uma força incrível, cheia de uma energia toda conectada com a natureza. Estou torcendo para toda essa troca que tivemos apareça na tela e que o público goste realmente”, disse.
Na conversa, questionado se um possível perrengue aconteceu durante a passagem dele pelo Pantanal, Rafa Sieg contou que esteve bem perto dos animais por lá.
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“A gente estava em uma fazenda e normalmente pegava um barco com o pessoal e ia rio acima no final da tarde, que é a hora que a ‘onça bebe água’ e teve um dia só que a gente viu só os olhos da onça. Eu não vi de dia, tinha gente que cruzou com ela no caminho, mas acho que a onça ela “se apresenta” para você, ela que escolhe o momento, porque está sempre vendo a gente. Não vi nem a sucuri, porque tenho um pouco de medo de cobra, mas vi os jacarés e tal, mas não me meti com eles (risos)”, revelou.
Na preparação para viver Solano, Sieg contou que fica sempre com os “poros abertos” durante seus trabalhos e que é uma pessoa “bastante musical” para ter referências e “entrar no personagem”.
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“O ator está com os ‘poros abertos’ para absorver tudo o tempo todo, mas quando vai fazer um trabalho especifico, a gente mergulha em uma direção, mas eu, em tudo que vejo, seja um filme uma série, um quadro, uma música, eu percebo se isso está me conectando com alguma coisa. Mas esse ‘salto’ para o Solano foi algo vertiginoso, porque eu tive acesso aos capítulos, eu assisti ao Teodoro da primeira versão, sabia qual era a missão, mas eu estava fazendo um filme de época, dos anos 40, e, como trabalho muito com música, busquei minhas referências, além do que já tinha estudado, de assistir à novela, algo que me ajudou para saber qual a ‘temperatura da novela’”.
Ele ainda contou que o fato de ser um personagem “cheio de máscaras” o ajudou a ficar livre para a criação.
“Mesmo sabendo que ele não é um sujeito do Pantanal, ele também não é do eixo Rio-São Paulo, porque o Gustavo pediu para que ele fosse um cara mais ‘fronteiriço’ dessas fronteiras do Brasil, que são lugares um pouco misteriosos, então esse mistério dentro dele me deixou livre, ao mesmo tempo que ele está disfarçado de peão para parecer que é da região, então tem essa ‘máscara’, de certa forma, então eu pensei um pouco nisso, porque eu tive dois dias de preparação com a Andréa Cavalcanti. A base do personagem já estava dentro de mim, mas pude absorver um pouco do que ela me passou”, disse.
Quanto à preparação para viver Solano, Rafa revelou que teve muita ajuda de Andréia Cavalcanti, preparadora de elenco, na construção do matador e que conseguiu dar seu próprio toque no personagem com a própria atuação.
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“Eu lembro que, na primeira versão, ele tinha um toque mais “mineiro”, que era legal, pois colaborava muito para ele ser um pouco sonso, dissimulado e eu sou do interior do Rio Grande do Sul, é um outro lugar, então essa energia dele se compõe com a minha, eu consigo me defender neste lugar. Mas uma coisa minha mesmo, conversando com a Andréa, foi uma coisa da própria atuação, já que esse personagem acredita que ele é um ‘artista da morte’, que tem um ‘quê’ de atuação, que ele descontrói quando não precisa. Ele é uma pessoa na frente dos outros e outra pessoa com Tenório e, no final da trajetória do Solano, ele se desprende de tudo isso, então, acho que essa coisa de se disfarçar tem a ver comigo enquanto ator. Como pessoa, acho que só me encaixaria nesta situação de ser observador da vida, já que, como ele precisa agir como matador profissional, ele observa os hábitos das pessoas ao redor”, falou.
CARREIRA
Apesar do curto trabalho em Pantanal, mesmo sendo um personagem de grande importância nesta fase da trama, Rafa Sieg é um ator de mais de 20 anos de carreira, que se construiu muito no cinema e no teatro.
Nos próximos meses, inclusive, não faltam projetos. Ele está no aguardado filme ‘Nosso Lar 2’, na série “Chuteira Preta”, da Amazon, no filme “Meninas não choram”, trabalhou em “Alemão 2”, que já foi lançado e, para 2023, ainda tem a série “Centro Liberdade”, além do filme “Vinchuca”.
Com tantos trabalhos engatados e seu nome em evidência, Rafa Sieg espera que a presença em “Pantanal” traga um feedback positivo para levar o público a assistir seus outros trabalhos.
“Eu faço meu trabalho com profunda alegria, satisfação e dedicação. Muitas vezes são projetos de baixo orçamento e o que eu espero é ter um ótimo retorno (de Solano, em Pantanal) para que eu continue fazendo o que eu amo e poder levar para os outros projetos, essa força que a televisão tem no Brasil, que é algo muito grande. Eu comecei minha carreira no teatro, no cinema e agora tenho mais oportunidade de fazer televisão e espero encontrar nesse público de televisão um feedback positivo para chamar a atenção para os filmes que eu faço. O Vinchuca, por exemplo, é um filme que deve ir para um circuito de festivais e é muito legal quando você vê um filme deste tipo e reconhece o ator que está lá por um trabalho de uma série, uma novela na televisão”, disse, acrescentando que vem fazendo personagens bem da “turma do mal”, mas que busca “vibrar o amor” no futuro.
“Eu estou querendo falar de amor, o vilão é o que cria um incômodo, mas estou plantando sementes para falar afeto, de vibrar amor, embora esteja em um momento sanguinolento do camarada (Solano), é isso que desejo para o futuro”, finalizou.
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