Eric Borba abre bastidores em entrevista sobre seu primeiro EP
Vivemos em busca da nossa melhor versão, em busca de autoconhecimento e das companhias certas. No entanto, as decepções sempre acontecem, mas é importante sempre manter a cabeça erguida e continuar nessa missão. Assim vive o cantor, compositor, instrumentista e produtor musical Eric Borba, que lançou seu primeiro EP, firmando sua relação com o universo da música e provando ser um artista que tem muito a oferecer para a cena musical brasileira.
O trabalho conta com quatro canções autorais que relatam experiências do artista, mostrando sua visão sobre determinados aspectos da vida e, especialmente, histórias amorosas. Por sinal, esse é o tema de ‘Surreal’, seu mais novo single, que veio acompanhado de um belíssimo videoclipe estrelando o músico com sua namorada e empresária Giovanna Martins.
Com arranjos, melodias e refrães potentes, as músicas evocam referências da estética musical oitentista e elementos da música indie no formato de um rock leve que transcende o pop padrão ao mesmo tempo em que é capaz de gerar forte identificação com qualquer público. Essa ambição conversa com o trabalho de algumas de suas maiores referências, que vão desde nomes internacionais como John Mayer e Charlie Puth até nomes nacionais como Tiago Iorc, Nando Reis, Lulu Santos e Vitor Kley. Confira a entrevista!
Convidando seu público para uma verdadeira jornada em busca do nosso autoconhecimento e de decifrarmos nossas melhores versões, como se deu a construção desse seu primeiro EP?
Antes de qualquer música ser gravada, o tema macro do EP estava definido: queria falar sobre o amor. Me bastou apenas percorrer sobre as vertentes de se estar apaixonado, se frustrar, se conhecer e se permitir.
Os temas conversam desde o relacionamento tóxico (Tchau), passando por seus efeitos em forma de traumas e inseguranças (Mais Uma Vez), vivenciando um processo de amadurecimento emocional (Quarto), até chegar na certeza de poder amar e ser amado (Surreal). Eu espero realmente que as pessoas ouçam e se identifiquem, que elas possam de alguma forma ter essas músicas para ajudá-las a atravessar momentos ruins e não perder a fé no amor.
Além de mostrar a verdadeira beleza de quem somos, sabemos que nem tudo no mundo são flores, e que as decepções sempre poderão acontecer. A inspiração para a composição desse projeto foi baseada em fatos reais vivenciados por si próprio?
Esse EP é o retrato fiel da minha história em busca do amor-próprio para conseguir consequentemente, amar e ser amado por alguém. É uma história que beira o ‘clichê’, mas ao mesmo tempo nos ajuda a compreender o amor como algo pertencente a todas as pessoas e à vida. Um relacionamento saudável é baseado em estruturas firmes das pessoas envolvidas. Admitir e aprender com os erros, saber suas responsabilidades, cuidar, respeitar, e principalmente apoiar. Quero levar para as pessoas a perspectiva de que o amor não pode ser resumido em decepções, frustrações e se trata de uma ‘aula’ constante sobre autoconhecimento, empatia e reciprocidade.
Você está nessa jornada desde os 14 anos, primeiro como guitarrista e só com 21 foi para os vocais. Nesse meio tempo você ainda lançou ‘Online’ e se dedicou a carreira de produtor musical, tendo seu próprio estúdio. Mas foi durante a pandemia que seu talento foi visto pela Midas Music, de Rick Bonadio e sua atual gravadora. Como foi trabalhar junto a essa equipe e a relação com o produtor?
Rick Bonadio é uma referência não só para mim, mas para uma grande parcela dos artistas brasileiros! Além de ter revelado nomes como Mamonas Assassinas, Charlie Brown Jr e Vitor Kley, o Rick é um cara incrível, que inspira todos à sua volta. Receber o convite para fazer parte do Midas e lançar meu EP foi um grande passo, com certeza é a melhor forma de iniciar uma carreira. Agora é continuar trabalhando e lançando ainda mais músicas. Assim como o Rick também quero inspirar as pessoas a serem melhores versões de si, como ele me inspirou.
Considerado um tema bastante abordado na música brasileira, o amor está sempre no centro de diversas composições, tais como as suas autorais. O que o fez seguir pelo caminho do amor e como foi conseguir expressá-lo através da sua arte?
Poder expressar e ter a oportunidade de escrever sobre minha vida, gerando identificação através da arte, é o presente mais significativo para mim e o qual sou grato todos os dias. Por mais que falar sobre amor não seja uma tarefa fácil, a escolha desse tema foi uma decisão por falar sobre estar vivo e vivendo todos os dias, reconhecendo que o amor é presente e o único limite é a loucura.
Uma curiosidade sobre o seu estilo musical é justamente uma ecleticidade de arranjos que acabam conseguindo se harmonizar em um único projeto que mescla a oitentista, música indie e um rock mais leve. Como foi fazer com que esses ritmos conseguissem trabalhar juntos em uma única faixa?
Amo a pluralidade que a música nos proporciona e a forma que nos possibilita a passar a mesma mensagem mesmo que em ritmos e gêneros distantes. Sempre escutei e estudei diferentes gêneros e formas de composição para que um dia eu conseguisse criar uma identidade musical a qual as pessoas consigam ouvir uma música minha e falar ‘isso é Eric Borba, né?’. É justamente o que eu faço quando escuto Lulu Santos, Nando Reis ou Phil Collins… No final das contas o essencial é prezar essa linha tênue entre sair da zona de conforto, mas entregar algo que já é de total domínio. Fico feliz de ser reconhecido por isso e vou continuar trabalhando cada vez mais nessa ideia.
Recentemente você realizou o seu primeiro show apresentando o novo álbum ao vivo para o público. Como foi a produção desse show? Existiu muito de suas ideias na criação? E qual foi a sensação de apresentar ao público todo esse trabalho finalizado?
A sensação do ‘ao vivo’ é incomparável. Devido a pandemia tive aquele hiato dos shows e muito da adaptação ao virtual, mas durante todo esse tempo me via subindo num palco, engajando com dezenas de pessoas e tendo a oportunidade de mostrar, através das minhas músicas, quem eu sou, fui e ainda serei. Consegui visualizar o show antes mesmo de acontecer e o ‘trabalho’ que tive foi de reproduzir exatamente igual. Queria muito mostrar ao público, veracidade e fidelidade ao que eles escutaram nas plataformas digitais, por isso, contei com uma superbanda e a presença de ‘trilhas’ pré-gravadas, para que não faltasse nenhum instrumento ou backing vocal. Toda essa produção me possibilitou apresentar até spoilers do que ainda está por vir.
A recepção do público foi muito melhor do que eu imaginava! A forma que cantaram cada frase de todas as músicas do EP e as que ainda estão por vir, dançaram comigo quando desci do palco, ligaram as lanternas de celular nas baladas, respeitaram os momentos de discursos e engajaram do início ao fim.
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*Com Regina Soares e Letícia Cleto
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