Saiba sobre Transtorno do Espectro Autista diagnóstico dado à Letícia Sabatella

Selfie de Letícia Sabatella antes de entrar em cena, no teatro, com micrifone colado no rosto

A atriz Letícia Sabatella, de 52 anos, recebeu o diagnóstico de ser portadora do Transtorno de Espectro Autista, que, segundo ela, descoberto agora, na fase adulta, trouxe um certo conforto, pois sempre se achou incompreendida, por causa das suas atitudes e comportamentos.

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“Quando eu tinha 9 anos, todas as meninas do colégio pararam de falar comigo, pelo meu jeito. Eu não entendia o porquê. Eu tinha um mundo imaginário muito rico. Eu ficava apaixonada pelas coisas. Um prego tinha vida”, contou ela ao “Fantástico”, de domingo, 17 de setembro.

O que é o TEA?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), também conhecido como Desordens do Espectro Autista (DEA), é um grupo de síndromes que engloba diferentes condições neurológicas com características fundamentais, que podem ocorrer em conjunto ou separadamente.

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O TEA é chamado de espectro porque abrange uma ampla gama de situações e apresentações, desde implicações comportamentais leves até graves. No entanto, todos os tipos de TEA estão relacionados a dificuldades de comunicação, expressão afetiva e relacionamentos sociais.

Existem três tipos principais de TEA:

  • Autismo Clássico: Caracterizado pelo isolamento social, falta de contato visual, dificuldade na comunicação verbal e compreensão limitada de enunciados. Nas formas mais graves, pode haver ausência completa de contato interpessoal.
  • Autismo de Alto Desempenho (Síndrome de Asperger): Os portadores enfrentam desafios semelhantes aos outros autistas, mas em menor grau. São verbais, inteligentes e podem ser confundidos com gênios ou pessoas com altas habilidades em áreas específicas. Sua capacidade de interação social varia, permitindo uma vida próxima ao normal.
  • Distúrbio Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação (DGD-SOE): Essa categoria inclui indivíduos que se enquadram no espectro do autismo, mas cujos sintomas não se encaixam em nenhuma das categorias específicas do transtorno, tornando o diagnóstico mais difícil.

Quem é mais afetado?

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De acordo com o site do Dr Dráuzio Varella, o TEA afeta mais os meninos do que as meninas e geralmente se manifesta nos primeiros três anos de vida, quando as conexões neurais responsáveis pela comunicação e interação social não se desenvolvem adequadamente.

As manifestações do TEA na adolescência e na idade adulta estão relacionadas ao grau de comprometimento e à capacidade de superar as dificuldades com tratamentos adequados. O diagnóstico é clínico, baseado em sinais, sintomas e critérios estabelecidos por manuais de diagnóstico.

Causas

As causas do TEA são multifatoriais, incluindo fatores genéticos, biológicos e ambientais. No entanto, o funcionamento cerebral dessas pessoas ainda é um mistério para a ciência.

Não existe uma cura conhecida para o TEA, e o tratamento é altamente individualizado, envolvendo uma equipe multidisciplinar e a participação ativa da família. O uso de medicamentos é indicado apenas quando surgem complicações físicas ou psicológicas adicionais.

Ará Rocha

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