“Não é um caso isolado”, afirma Nizo Neto sobre morte do filho que tomou ayahuasca
Nizo Neto contou, em entrevista a um podcast, sobre a morte de seu filho Rian Brito, em 2016. O jovem passou a ter problemas psiquiátricos após tomar o chá de ayahuasca, e foi encontrado sem vida na Praia de Quissamã, no Rio de Janeiro. O humorista, filho de Chico Anysio, explicou o motivo pelo qual não acredita que o caso de Rian tenha sido algo isolado.
“Meu filho tomou ayahuasca, algumas doses, e teve um surto psicótico. Ele estava procurando uma forma espiritual de lidar com uma perda amorosa que ele teve e começou a tomar. Lá pela terceira ou quarta dose, ele pirou. Não queria mais comer. Dizia que, se fosse comer, estaria traindo a Deus”, começou Nizo na entrevista para o “Bac-Cast”, no YouTube.
Em seguida, comentou que perguntava a Rian sobre as tais “traições a Deus”, mas as respostas não eram claras. “Ninguém entendia, e vimos realmente que tinha uma coisa muito estranha acontecendo. Ele começou a emagrecer demais. Um cara de 1,80m pesando 50 kg. Totalmente anoréxico e com a pele já acinzentada. Falaram [os médicos]: ‘se ele tomou ayahuasca, essa crise que ele está tendo… isso é clássico, é uma coisa muito séria, meio que um caminho sem volta’”.
Ayahuasca é uma droga, diz Nizo
Então, Nizo defendeu que a planta medicinal, usada em algumas religiões, é uma droga, e já foi bastante criticado por falar dela dessa maneira. “Ouço relatos de quem tomou e curou a depressão, largou drogas e alcoolismo. Tem gente que diz: ‘Tomei e passei muito mal, nunca mais vou tomar’. Tem gente que fala: ‘Tomei e não aconteceu nada’”, relatou.
“O grande problema disso é que não tem como detectar se a pessoa tem alguma pré-disposição psiquiátrica. Meu filho era absolutamente normal, não demonstrava nada. Não tinha depressão, não tomava remédios controlados, absolutamente normal, um jovem de 26 anos. Isso não é um caso isolado, porque recebi diversos relatos de pais falando que aconteceu a mesma coisa com os filhos, que desenvolveram esquizofrenia, se suicidaram”, ponderou.
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