Artistas sertanejos homenageiam Marilene, pioneira na sofrência, que morreu aos 80 anos
A morte da cantora , deixou os fãs e admiradores consternados. Os artistas do universo sertanejo, muito tristes, usaram as redes sociais para exaltar o talento e a saudade que já sentem da veterana, que por conta da doença de Alzheimer, encerrou a carreira artística ao lado da irmã, no ano passado, após mais de 70 anos de trajetória.
O cantor postou um vídeo de uma apresentação com a dupla e ressaltou o talento da artista: “Uma perda irreparável. Mas Deus sabe o que faz! Que ele conforte a minha querida Meire Galvão e toda família!!! Fica a voz incomparável e uma saudade imensa da nossa querida Marilene Galvão!”, escreveu o ex-parceiro do falecido João Paulo.
Leia +:
A dupla Chitãozinho e Xororó também prestou uma homenagem, relembrando momentos com as irmãs, que : “Queridas irmãs Galvão… quanta história, quanta prosa e quanta música boa… o legado construído por vocês será sempre lembrado. Todo nosso carinho a Mary e demais familiares nesse dia tão triste”.
A cantora , que gravou a música “Pedacinhos”, com a participação das Irmãs Galvão, também tem uma canção gravada com a dupla, lamentou a perda: “Marilene hoje se encontrou com Deus!! Muito honrada de ter gravado “pedacinhos” com elas! Sinto muito pela família, fãs e pela música sertaneja”, disse.
PIONEIRAS NA MÚSICA CAIPIRA
Marilene formava dupla com a irmã Mary Galvão, de 83 anos. Juntas, elas se tornaram as pioneiras no universo da música caipira e conseguiram se consolidar no cenário sertanejo.
Em dezembro de 2020, o festival Vozes da melhor idade – produzido e dirigido por Thiago Marques Luiz – promoveu o último encontro em cena das irmãs. Vale ressaltar que Marilene era hábil no manuseio da viola e do violão – de grande importância no Brasil sertanejo.
Seis meses depois, em junho de 2021, Mary Galvão anunciou oficialmente o fim da pioneira dupla, que entrou em cena em 1947. Na época, mulheres não compunham e davam voz às próprias músicas no mercado sertanejo.
Marilene nasceu em 1942, em Palmital (SP). Mas a dupla foi criada em Sapesal (SP). Foi na cidade de Paraguaçu Paulista que as irmãs entraram em cena pela primeira vez em emissora local de rádio, ainda crianças.
Em 1955 elas chegaram ao disco, contratadas pela gravadora RCA-Victor, gravaram um LP de 78 rotações com as músicas “Carinha de Anjo” (Paschoal Yanuzzi e Fábio Mirhib) e “Rincão Guarani” (Maurício Cardozo Ocampo, Diogo Mulero Palmeira e Centorion).
e receba alertas sobre as principais notícias sobre famosos, novelas, séries, entretenimento e mais!