Bebê nu do disco Nevermind, do Nirvana, não pode entrar com mais ações na Justiça
Desde que iniciou um processo contra a banda Nirvana por exploração sexual, Spencer Elden não poderá entrar com mais ações na Justiça contra o grupo e o fotógrafo responsável pelo registro. O rapaz tinha apenas 4 meses quando surgiu nu na capa do disco Nevermind e, na época, o Nirvana foi acusado de pornografia infantil.
A banda, no entanto, ganhou o arquivamento de um processo de Spencer, que alegou que sua representação como um bebê de quatro meses nu na capa do álbum de 1991 era pornografia infantil. Em uma decisão na sexta-feira (02/09), o juiz distrital dos EUA, Fernando Olguin, em Los Angeles, disse que Elden “esperou muito tempo para alegar que o Nirvana o explorou sexualmente”, tendo processado mais de 10 anos depois de saber sobre a capa.
Outros réus incluíam os membros do Nirvana, Dave Grohl e Krist Novoselic, a viúva vocalista Kurt Cobain, Courtney Love, várias gravadoras e o fotógrafo Kirk Weddle. O processo resultou do uso pelo Nirvana de uma foto tirada por Weddle, em 1991, no Pasadena Aquatic Center, na Califórnia, que mostrava Elden nadando nu em direção a uma nota de dólar perfurada com um anzol.
Spencer foi entrevistado em 200,3 aos 12 anos, pela revista Rolling Stone sobre a foto, dizendo que “provavelmente ganharia algum dinheiro com isso”, e recriou a imagem como um adulto em 2016 com “Nevermind” tatuado no peito.
Spencer Elden relatou sofrimento emocional
Em um processo iniciado em agosto de 2021, Spencer ainda disse ter cumprido o estatuto de limitações em razão de seus prejuízos, que incluíam sofrimento emocional, perda de capacidade de renda, além da “perda de prazer da vida” em sua idade adulta.
O argumento foi rejeitado pelo juiz, alegando que ele poderia ter processado o Nirvana indefinidamente: “O demandante não alega que sabia de uma violação que ocorreu quando ele era menor de idade ou uma lesão que constitui a base da reclamação dentro de dez anos após a apresentação desta ação“, disse Fernando. Elden ainda apresentou sua queixa em três versões, mas teve todas recusadas por Olguin, e não poderá mais entrar com suas ações.
