Camila Queiroz cobre Fernanda Montenegro de carinhos em noite de teatro

Fernanda Montenegro, de preto, abraçada a Camila Queiroz, que está agachada

Na noite de sexta-feira, 19 de agosto, fez a penúltima apresentação da peça “Nelson Rodrigues por ele mesmo”, no Teatro XP, na zona sul do rio de Janeiro. Com a casa cheia, a atriz recebeu o carinho de um público entusiasmado.

Na plateia estavam famosos como , , , João Vitti e Maria Carol Rebello. Eles fizeram questão de parabenizar a artista ao final da apresentação.

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No palco, a veterana de 92 anos – – fez leituras dramáticas baseadas na vida e obra do escritor morto em 1980. Nelson Rodrigues considerava a época em que viveu trágica e épica. Nas crônicas que escreveu nos anos 1960, o jornalista carregou o século passado para fora do tempo; transformou o cotidiano óbvio em momentos transcendentais. 

Com sua obra, suas controvérsias e a própria biografia, o escritor inscreveu-se como um dos polemistas mais bem-humorados do país, o hiperbólico cronista do futebol, torcedor do Fluminense e nosso maior dramaturgo. 

FERNANDA MONTENEGRO SE TORNA IMORTAL DA ABL

Em cerimônia solene da Academia Brasileira de Letras,  Aos 92 anos, a atriz ocupa a cadeira de número 17 da ABL. É a primeira vez que uma mulher é eleita ao cargo.

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A veterana atriz fez um discurso enaltecendo a importância da atuação para a produção linguística e acadêmica do país. Ainda assim, destacou que sua formação passa longe do meio acadêmico e se fez ‘autodidata’.

“Agradeço muito, com meu coração e minha razão, estar sendo aceita por esse elenco que é protagonista referencial da nossa mais alta cultura, que é a ABL”, começou a artista.

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Em seguida,  disse que leva consigo uma ‘pulsação de vida’, a qual tentou traduzir no discurso: “Emocionada, tomo posso nesse momento da cadeira número 17, pedindo às senhoras e aos senhores acadêmicos, pela maneira como expressarei, esta minha pulsação de vida que trago comigo neste ato”.

Depois disso, destaca a importância de sua formação no teatro, uma carreira acadêmica ainda bastante marginalizada e pautada na formação autodidata, como a própria atriz destacou. Ela exaltou a importância do teatro e do palco para a cultura do povo brasileiro.

“Como prólogo desta minha fala, devo esclarecer que sou uma incansável autodidata, cuja origem intelectual, emocional sempre me chegou e ainda me conduz através da vivência inarredável de um ofício: atriz. Sou atriz. Veio dessa mítica, mística arte arcaica, eterna, que é o teatro. Sou a primeira representante da cena brasileira, do palco brasileiro a ser recebida nessa casa”, finalizou ela.

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