Claudia Celeste, primeira transexual a fazer novela, é homenageada pelo Google

Claudia Celeste, de blusa de gola preta, gesticulando as mãos

Em 22 de agosto de 1988, pela primeira vez uma mulher transexual apareceu em uma novela brasileira, “Olho No Olho”. Cláudia Celeste, que morreu em 2018, protagonizou a abertura da trama de Antônio Calmon, exibida na Globo em 1993.

Comemorando a data, o Doodle, a forma de o Google prestar sua homenagem e se posicionar diante de algum acontecimento marcante, reverencia a artista.

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Carioca de Irajá, na Zona Norte, Cláudia Celeste começou a explorar sua identidade e talentos enquanto estava no exército. Depois de servir, ela se formou em beleza e se tornou cabeleireira em Copacabana, Rio de Janeiro, aos 20 anos.

Seu primeiro grande espetáculo foi “O Mundo é das Bonecas”, em 1973, no Teatro Rival, na Cinelândia, . Produzido por Américo Leal, o show de travestis foi o primeiro a obter uma licença do governo, depois que eles foram banidos pela ditadura militar em 1969.

SHOW CANCELADO POR CAUSA DA TRANSEXUALIDADE

Em 1976, Celeste decidiu concorrer no concurso Miss Brasil Pop e venceu o concurso. Um ano depois, o diretor assistiu à revista “Transetê no Fuetê” e resolveu incorporar um número do espetáculo na novela “Espelho Mágico”, da TV Globo, sem saber que Cláudia era travesti.

A atriz contracenou com a mocinha . Sua participação na novela, no entanto, foi cancelada depois que a imprensa celebrou a primeira travesti na TV. Vale lembrar que anos depois, , com louvor.

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O nome artístico, dado pelo lendário Carlos Imperial, figurou entre concursos de beleza que ela organizava e participava. Claudia também foi cantora, dançarina, diretora, produtora e autora, abrindo as portas para futuras gerações de talentos transgêneros e LGBTQ+ no Brasil.

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