Ricardo Pereira condena racismo e xenofobia em Portugal: ‘Temos que erradicar isso’
Em 2003, o ator português veio ao Brasil e por aqui se estabeleceu, Desde então, divide sua carreira entre sua terra natal e a que escolheu para viver. E se transformou, ao lado da mulher, Francisca Pinto, numa espécie de mestre de cerimônias aos brasileiros que vão para a Terrinha, como o casal e .
O recente e lamentável episódio de racismo envolvendo dos filhos dos atores, atacados por uma mulher portuguesa que proferiu, frases ofensivas às crianças, não passou despercebido pelo ator.
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Ricardo, que participou do 21º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, na Cidade das Artes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na noite de quarta-feira, 10 de agosto, comentou o assunto.
“O caso recente dessa família, tão próxima a nós, obviamente temos que trazer esse assunto à tona pra erradicar isso, tem que acabar. Temos que continuar falando desses temas e chamar à atenção de que isso é totalmente errado e não pode acontecer”, disse ele, inicialmente.
“A gente não pode generalizar, dizer que isso está acontecendo com todas as pessoas que tem ido para Portugal. É um país que recebe gente de todas as nacionalidades, sempre recebeu. Não estou lá, mas as pessoas têm que andar ligadas nessas situações, que têm que ser apontadas, tem que ser denunciadas para serem corrigidas”, destacou o ator.
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Ricardo Pereira continuou: “Os casos que acontecem são condenáveis, seja em Portugal ou no Brasil. Seja no mundo! A gente tem que erradicar isso, falar desses temas e chamar atenção das pessoas porque isso não pode acontecer”, disse ele.
O artista de 42 anos, contudo, ressaltou que não se trata de uma peculiaridade de seu país: “A gente deve respeitar todas as pessoas, religiões e a diversidade que o mundo tem, em qualquer lugar”.
O Danilo da novela das 19h da Globo ainda comentou o fato de alguns portugueses condenaram a classificação de nosso idioma como “língua portuguesa”, preferindo que seja entendida como “língua brasileira”.
“A gente fala a mesma língua de Cabo Verde e Angola. Meu avô era angolano, tenho família de Moçambique. A gente fala a língua portuguesa de jeito diferente, um processo em constante evolução. Como irmãos que somos, temos que nos unir e respeitar mais, de fato. Todos nós ganhamos quando conseguimos nos ajudar. E todos perdemos quando não nos ajudamos. Temos que respeitar a diversidade, a diferença que cada um traz “, concluiu ele.
PANDEMIA PRODUTIVA
O ator que está no ar em “Cara e Coragem”, passou o auge da pandemia em Portugal, para onde voltou assim que terminou de gravar “Éramos Seis”. Filho único, ele decidiu ficar perto dos pais naquele período.
Pai de Vicente, de 9 anos, de Francisca, de 7, e de Julieta, de 3, do casamento com a portuguesa Francisca Pinto, o artista ressaltou que foi um período, apesar de tudo, produtivo.
“Estive no projeto ‘Amor e Sorte’, com a Fernanda Montenegro e a Fernanda Torres, dirigido pelo Andrucha, que me tocou bastante. Cada um à sua maneira, fez a sua cena em casa, no seu lugar”, disse.
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Na premiação, que reuniu cerca de 500 pessoas, máscara de proteção era irem raro. Entre muitos abraços e celebração da volta à vida normal, Ricardo não deixou de ressaltar que ainda toma alguns cuidados.
“A gente ficou com algumas coisinhas da pandemia que, de fato, não acabou, e ficamos com alguns processos que vãos levar pra vida, mas foi um processo que ninguém quer passar de novo”, destacou.
“Todos nós vivemos várias fases, no começo ninguém sabia o que era e tivemos a mesma ansiedade. Falamos muito, eu e minha mulher, de como não poderia passar essa ansiedade para nossos filhos e a gente precisava explicar pra eles o que estávamos vivendo. Eles viveram isolamentos, confinamentos, aulas on-line. Na gravação de ‘Cara e Coragem’ a gente continua testando dia sim, dia não, nos adequamos às novas regras coletivas, com muita atenção e muito cuidado que a gente tem que ter”, ressaltou Ricardo Pereira.
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