Filho caçula de Rita Lee compartilha último autógrafo da cantora, confira
Na última segunda-feira, dia 8, Rita Lee morreu. A cantora super famosa estava lutando contra um câncer no pulmão e, desde a descoberta do tumor, usava suas redes sociais, junto do marido, Roberto de Carvalho, para dar atualizações aos fãs. Porém, dias antes da comemoração do Dia das Mães, Rita deixou sua família devastada e com muita saudade. Desde então, o amado da cantora, e os três filhos que tiveram, usaram as redes para compartilhar memórias da eterna rainha do rock.
Uma publicação compartilhada por Antonio Lee (@ant_lee)
O caçula da família, Antônio Lee, publicou, através do Instagram, o último autógrafo de sua mãe. Antes de contar a história por trás do momento, Antônio contou um pouco mais de sua vivência como filho de uma estrela da música. Ele revelou que não entendia muito bem porque as pessoas ficavam super alteradas após Rita assinar um pedaço de papel.
Esse foi o ultimo autógrafo da minha mãe. Quando eu era pequeno, não entendia muito bem esse ritual. Pessoas surgiam do nada com papel e caneta, mãos meio trêmulas. Ficavam hipnotizadas enquanto minha mãe fazia uns rabiscos. Depois, pegavam o papel de volta e saíam chorando, emocionadas. Por que um papel com um nome assinado causava tanta comoção? Com o tempo, o autógrafo foi cedendo espaço para as selfies no celular e vídeos mandando recado. Mas, hoje, mais do que nunca, eu entendo o barato do autógrafo. O autógrafo é analógico. É uma relíquia, um pedaço daquele momento, uma prova viva com reconhecimento de firma que o encontro realmente aconteceu. Nunca vi minha mãe negar um autógrafo. O pior que podia acontecer a um fã era chegar sem papel nem caneta e ela soltar o famoso: Pô, bichô!?.
Em seguida, Antônio deu detalhes sobre o momento entre avó e neto. Segundo o caçula da cantora, quando entraram no assunto autógrafo durante uma visita ao hospital, seu filho Arthur pediu um à avó. Com todo amor, Rita deu um autógrafo ao pequeno e chegou a desenhar dois de seus famosos OVNIs.
Um dia, enquanto visitava ela no hospital com meu filho Arthur, de 5 anos de idade, o assunto veio à tona. Eu comentei que a vovó Rita tinha um autógrafo muito legal, com desenho de disco voador e tudo! Ele ficou animado: Eu quero um autógrafo da vovó Rita! E ela, claro, não negou. Coloquei no colo dela um papel e uma caneta. As mãos estavam fracas, o punho já não tinha a mesma flexibilidade de antes. Mas ela se lançou no desafio. Primeiro, fez a dedicatória e a assinatura. Depois, o disco voador, provavelmente seu assunto preferido. Ela sempre se dedicava mais nessa parte. Enquanto terminava o desenho, reclamou que a mão não obedecia como queria. Não satisfeita com o disco, tentou desenhar outro mais para a direita, só para provar a si mesma que conseguia fazer um melhor. Até que desabafou: A mão não está indo, saco! São mais de 50 anos dessa troca entre ídolo e fã. Foram milhares de vezes repetindo esse mesmo gesto. Milhares de folhas de papel espalhadas por aí que marcam um momento em que ela esteve presente. E sem saber que aquela seria a última vez, foi lá e assinou seu nome tão lindo. Dedicado a um grande fã que vai sentir muitas saudades da vovó. Feliz dia das Mães mais dolorido do mundo, Mãezinha.
Uma publicação compartilhada por Antonio Lee (@ant_lee)
A seguir, veja os famosos que lamentaram a morte de Rita Lee.