Gloria Perez fala sobre relação com o que a web comenta sobre seus projetos: – Escuto muito o que eles dizem

Autora de grandes telenovelas e minisséries brasileiras, com muitos prêmios no currículo, Gloria Perez terá mais um projeto veiculado pela TV Globo, o próximo folhetim das nove, Travessia, que substituirá Pantanal a partir de outubro. Durante entrevista coletiva, que o Fofocas e Famosos participou, ela explicou como entende os comentários do público, em diversos lugares. A autora comentou que tem uma pesquisadora de sua equipe que analisa as reações dos telespectadores:

– Eu sempre presto atenção na forma que o público está recebendo, porque eu acho que se eles não estão entendendo o que você está dizendo, a culpa é sua, o erro é seu. Então não é mudar a história, mas tratar de contar diferente, ou de perceber onde é que está o ruído. Eu escuto muito as ruas, pessoas, eu tenho até uma das minhas pesquisadoras que faz também esse trabalho, apesar das redes sociais hoje. Por exemplo, de estar na fila de um banco e soltar um bordão, se a novela for sucesso, a pessoa que está na fila vai falar: Viu ontem?

Falando especificamente sobre as redes sociais, Gloria Perez revela que está sempre por elas e que também presta atenção nos comentários, mas alerta que não são em todos que pode confiar:

– A gente vai capturando esse ruído em pequenos espaços e também vai prestando atenção nas redes usando o filtro certo. Porque a internet, o Twitter por exemplo, estou sempre lá, escuto muito o que eles dizem lá, mas ali tem muita campanha, ali tem muitas coisas direcionadas. Então é preciso ter o olho para discernir aquilo que é espontâneo e aquilo que vem de uma encomenda.

Mas a autora de várias novelas de sucesso, como O Clone, Salve Jorge e A Força do Querer, garante que ela não altera a história por conta das reações das pessoas. Gloria pensa que os espectadores ainda querem ser surpreendidos no final e reafirma a importância da internet no desenvolvimento de um projeto hoje em dia:

– Eu não mudo a história por essa informação, porque eu acho que o público gosta de ser surpreendido também. Quem tem a imaginação é o individuo, o grande público ele pensa nas soluções que ele já viu, então gosta de ser surpreendido com um desfecho que não estava ainda no imaginário. Mas para você mudar a forma de contar, as redes são essenciais, porque se aquilo não está chegando ao público, a falha é do escritor com certeza.

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