Heloisa Perissé fala sobre retorno às telinhas após tratamento de câncer: – Eu choro de emoção quando penso no que passei

Em entrevista ao jornal Extra, Heloisa Perissé falou sobre o trabalho em Cine Holliúdy e comentou o processo de recuperação do câncer. Na segunda temporada da produção da TV Globo, a atriz retorna interpretando a nova prefeita da cidade de Pirombas, Socorro. Mostrando o seu bom-humor, a artista brinca ao descrever a personagem, que precisa enfrentar o Olegário tentando lhe passar a perna:

– É tinhosa, faz o que realmente acredita. Mas essa realidade é um desgaste para ela, coitada. Uma dicotomia porque ama o marido, mas não cede às ordens dele. Com inveja, ele apronta. E então funciona igual ao ditado: Amor é como papel higiênico. A cada cagada, diminui mais. 

Ao ser questionada, ela revela que não gostaria de entrar para o meio político como Socorro. 

– Eu não ia sobreviver nesse mundo. Até sou uma pessoa política, lido bem com as pessoas, gosto de me relacionar e acolher. Mas não ia querer me juntar com quem não acredito, sabe? É um mundo meio canibal. Prefiro continuar fazendo o que já faço, agindo paralelamente.

Interpretando uma mulher que precisa lidar com o machismo no ano de 1974, onde homens não gostavam de ver lideranças femininas, a esposa do diretor Mauro Farias declara:

– A gente sabe que isso é muito comum. No meu caso, graças a Deus, nunca tive relacionamentos em que os homens ficavam inseguros com a minha profissão. Todos sempre foram parceiros.

Ainda durante o bate-papo, ela relembrou o tratamento contra o câncer nas glândulas salivares. A segunda temporada de Holliúdy marca o retorno da atriz às telinhas após passar pelo momento difícil.

– Houve dias em que fiquei muito frágil. É um tratamento muito violento. Estava fazendo quimioterapia e radioterapia junto. A segunda semana foi a mais difícil. Eu me tratava em São Paulo, mas pedi para voltar ao Rio para recarregar as energias. Quando cheguei em casa, falei para o meu marido: A partir de hoje, eu só vou melhorar. Acredite em mim. Dito e feito. Os médicos diziam que minha recuperação foi um ponto fora da curva.

E adicionou:

– Já tinha fé, mas nesse período veio a confirmação. Eu choro de emoção quando penso no que passei e nos momentos lindos que tive com Deus. Eu agradecia pela doença ter acontecido comigo e não com minhas filhas ou o meu marido. E que bom que superamos isso.

Por fim, Heloisa celebrou a conclusão da Faculdade de Teatro, onde foi colega de turma da filha mais velha, Luísa.

–  Queria terminar um curso que comecei no passado. Não gosto de deixar nada pendente. Eu era o desespero da Luísa. Às vezes, eu falava tanto na aula, que ela me mandava Whatsapp pedindo para eu parar.

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