Jovelina Pérola Negra ganha homenagem do Google. Saiba quem é ela

Jovelina Pérola Negra sorrindo, de blusa branca

Se viva estivesse, Jovelina Farias Belfort, a Jovelina Pérola Negra, faria 78 anos nesta quinta-feira, 21 de julho. E para comemorar, o Doodle, a forma do Google prestar sua homenagem e se posicionar diante de algum acontecimento marcante, reverencia a artista, uma das grandes cantoras do samba nacional. Com um desenho de La Minna, a página inicial do Google retrata Jovelina.

A sambista que revolucionou o movimento do samba brasileiro na década de 1980 com sua voz profunda e suas graciosas improvisações nasceu no Rio de Janeiro. Cresceu cantando e dançando samba no bairro Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O nome artístico foi sugerido por um amigo, por conta da sua voz e estilo único.

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Até os 40 anos, Pérola Negra trabalhava como empregada doméstica e passava o tempo livre no Império Serrano, famosa escola de samba do Rio de Janeiro. Ela cantava regularmente em festas de samba e pagodes nos subúrbios da capital.

Descoberta por um produtor musical em um pagode, Jovelina Pérola Negra teve a oportunidade de gravar o álbum, “Raça Brasileira”, uma coletânea com outros artistas recém-descobertos. Todos os cantores interpretaram o Partido Alto do samba, um estilo que oferece improvisação vocal e oportunidades de canto para o público.

Google homenageia Jovelina Pérola NegraGoogle homenageia Jovelina Pérola Negra
A artista La Minna ilustra a homenagem à Jovelina – Foto: Google

SUCESSO PELO MUNDO

No disco “Raça Brasileira”, Jovelina Pérola Negra participou em três faixas e o sucesso foi tamanho que a gravadora RGE a contratou para gravar seu primeiro álbum solo.

Com o nome dela, o álbum de estreia ganhou ainda mais aclamação. Os arranjos das músicas apoiaram seus vocais emocionais com um cavaquinho, como os retratados no Doodle.

Jovelina lançou mais quatro discos individuais em sua promissora carreira, entre eles, “Sorriso Aberto”, em 1988, “Sangue Bom”, em 1991, “Vou da Fé”, em 1993, quando conquistou um disco de platina. Ela experimentou diferentes gêneros, como o samba-canção e, ao longo da trajetória, a sambista se apresentou em diversos países, como Angola, França e Japão.

Ela morreu em virtude de um ataque cardíaco, aos 54 anos, em 02 de novembro de 1998, dia de finados. Ela estava dormindo, em casa, no bairro do Pechincha, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. No funeral, uma grande roda de samba foi formada no cemitério, reforçando o chamado “gurufim”, como é classificado o enterro de sambistas, regado a samba e cerveja.

O Ministério da Cultura do Brasil concedeu a Jovelina Pérola Negra a Ordem do Mérito Cultural em 2016. Um centro comunitário localizado no bairro da Pavuna, no Rio de Janeiro, também foi nomeado em sua homenagem.

Atualmente o legado musical da Pérola Negra pode ser encontrado em plataformas de streaming e em lojas de discos em todo o mundo.

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