Leila Pinheiro escreve emocionante texto sobre perda da amiga e ex-companheira, Claudia Jimenez: Tive tempo de me despedir dela

O jornal O Globo divulgou um texto escrito por Leila Pinheiro sobre a perda da amiga e ex-companheira A atriz infelizmente morreu de no último sábado, dia 20, aos 63 anos de idade. 

Qualquer palavra é pouco pra traduzir o que sinto com a partida de minha amiga amada, ex-companheira, grandiosa atriz Claudia Jimenez, que me dirigiu no show Catavento e girassol em 1997 e com quem dividi momentos inesquecíveis da minha vida. Aprendi tanto com ela sobre o nosso ofício, ela atuando e eu cantando, que, por ironia do destino, ontem coloquei em prática este amor à nossa profissão, cantando exatamente no dia em que ela partiu.

Um dia após o ocorrido, a cantora, compositora e pianista compartilhou palavras emocionantes sobre a saudade que sente da com quem se relacionou no passado e o amor que elas partilhavam pela música.

Tive tempo de me despedir dela, cantei em sua cabeceira, rezei, certa de que ela me ouvia, e isso acalma um pouco o meu coração devastado. Ontem à noite, no palco, sabendo o quanto ela também amava a música, adorava cantar e me ouvir cantar, guardei no fundo da alma as minhas lágrimas, e, sob intensos e emocionados aplausos, dediquei a minha melhor alegria e o meu canto mais lindo a ela, que, onde já estivesse, tenho certeza de que sentiu a vibração de todos nós, apaixonados pela atriz, pessoa e ser humano raro que nos deixa mais pobres dessa alegria e do imenso amor à vida, à arte e às pessoas, que transbordava incansavelmente dela. A vida segue e havemos de nos reencontrar, minha amiga, tão amada! Deixas um mar de saudades aqui em todos nós.

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