‘Marighella’, de Wagner Moura, é o grande vencedor do Prêmio do Cinema Brasileiro. Confira a lista completa!
Depois de duas edições on-line e três edições em São Paulo, o rio de Janeiro voltou a ser a sede oficial do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro que, em sua 21ª edição, lotou a Cidade das Artes, na Barra da Tijuca na Zona Oeste, na noite de quarta-feira, 10 de agosto.
Organizada pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais a premiação destacou o filme “Marighella”, estreia de na direção, como o grande vencedor. Ao lado da mulher, Sandra Delgado, e de um dos três filhos do casal, Bem Moura, o ator estava bastante emocionado com o triunfo de seu primeiro trabalho na função.
“Eu não sabia se seria capaz de dirigir. Deu certo. Deu muito certo e estamos aqui, todo mundo tanto tempo sem se ver, numa noite de celebração, de esperança. Tenho certeza de que ano que vem estaremos aqui mesmo nos encontrando em circunstâncias muito melhores”, disse o artista baiano.
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Apresentado com maestria por e , o evento reuniu expoentes da sétima arte, empolgados com a “volta da vida normal”. Cineastas, atores, dubladores, produtores, diretores, técnicos, figurinistas, maquiadores, circulavam animados pelas dependências da Cidade das Artes.
“Estou sem máscara, podendo ver as pessoas de novo, poder abraçar é um presente! Estou feliz demais! Trouxe minha máscara, está na bolsa”, disse à reportagem de OFuxico.
A atriz ainda destacou que estava mais assustada com a ventania que fazia do lado de fora, do que com a aglomeração no interior da Cidade das Artes: “Trabalhei hoje o dia inteiro e amanhã tenho que estar muito cedo, bem. Pensei: “Meu Deus, tô com medo desse vento!”, disse.
SILVERO DOMINA O PALCO E CAMILA PITANGA DÁ AULA DE COMPETÊNCIA
Cantando “Sujeito de Sorte”, clássico de Belchior, que voltou a ser bastante executada na voz de no disco “AmarElo”, o cearense Silvero Pereira abriu a cerimônia e tirou o fôlego da plateia.
O verso “ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro”, ganhou uma adaptação de Camila Pitanga, que apresentou a premiação ao lado de Silvero, logo que a atriz assumiu o microfone. Ela improvisou:
“A gente quer o Lula de novo”, levando o público ao delírio, emendando num coro de 50 segundos de “olê, olá, Lula, Lula!”.
O discurso político, aliás, se fez presente ao longo da noite, que contou ainda com a presença prefeito do Rio, Eduardo Paes. Embora seja de um partido de Direita, o parlamentar fez duras críticas ao veto à cultura.
“É preciso acabar com esse momento nebuloso que rejeita a cultura e a arte”, disse Paes, sob aplausos.
Com muita segurança e simpatia, Camila Pitanga deu leveza ao evento, que adentrou a madrugada. A atriz, com jogo de cintura e muita “catiguria”, parafraseando sua personagem em “Paraíso Tropical”, foi bastante elogiada pela segurança como mestre de cerimônias.
Antes do início do evento, ela ressaltou a emoção em estar ali: “É importante dizer que esse prêmio volta à nossa cidade, volta a ser presencial, apostando na nossa cultura, na nossa cidadania, no que a gente acredita e quer construir pro nosso país que está tão combalido, mas que a gente acredita”, disse ela
HOMENAGENS
A primeira temporada da série “Dom”, criada pelo falecido Breno Silveira, conquistou o prêmio de melhor série para TV fechada/streaming.
No palco, os produtores se emocionaram: “Se ele estivesse aqui, estaria com aquele sorriso no rosto e muito emocionado, porque ele lutou muito por este projeto”, disse a produtora Renata Brandão, da Conspiração Filmes.
O nome de Breno Silveira voltou a ser lembrado na homenagem aos artistas que morreram no último ano, entre eles Arnaldo Jabor, Danuza Leão, Elza Soares, Françoise Forton, , Suzana Faini, Geraldo Sarno, , , Ivan Gomes (Batoré), Remo Usai, Maria Fernanda, Marilu Bueno, Rubens Caribé, entre outros.
A premiação contou ainda com uma homenagem às mulheres produtoras do cinema brasileiro, como Mariza Leão, Sandra Werneck, Sara Silveira, Carmen Santos, Lucy Barreto, Vania Catani, Iafa Britz, Anna Muylaert, e celebrou os 60 anos de “O Pagador de Promessas” (1962), filme clássico de Anselmo Duarte, que ocupa ainda hoje o posto de única produção nacional a conquistar a Palma de Ouro do Festival de Cannes.
CONFIRA A LISTA GERAL DE PREMIADOS
Melhor longa-metragem ficção: “Marighella”
Melhor longa-metragem comédia: “Depois a Louca Sou Eu”
Melhor longa-metragem documentário: “A Última Floresta”
Melhor longa-metragem infantil: “Turma da Mônica – Lições”
Melhor direção: Daniel Filho, por “O Silêncio da Chuva”
Melhor atriz: , como Rita em “Veneza”
Melhor ator:, como Marighella, em “Marighella”
Melhor atriz coadjuvante: , como Francisca, em “Doutor Gama”
Melhor ator coadjuvante: , como Luca, em “7 Prisioneiros”
Melhor primeira direção de longa-metragem: Wagner Moura, por “Marighella”
Melhor filme ibero-americano: “Ema” (Chile) / Ficção / Direção: Pablo Larraín. Distribuidor Brasileiro: Imovision
Melhor filme internacional: “Nomadland” (EUA) / Documentário / Direção: Chloe Zhao. Distribuidor Brasileiro: Disney
Melhor trilha sonora: André Abujamra e Márcio Nigro, por “Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente”
Melhor série brasileira animação, de produção independente – TV Paga/OTT: “Angeli The Killer” (2ª temporada)– Canal Brasil
Melhor série brasileira documentário, de produção independente – TV Paga/OTT: “Transamazônica – Uma Estrada Para o Passado” (1ª temporada)– HBO
Melhor série brasileira de ficção, de produção independente – TV Paga/OTT: “DOM” – Amazon Prime – Direção Geral: Breno Silveira. Produtora Brasileira Independente: Conspiração.
Melhor série brasileira ficção, de produção independente – TV Aberta: “Sob Pressão” (4ª temporada) – Globo – Direção Geral: Andrucha Waddington. Produtora Brasileira Independente: Conspiração
Melhor figurino: Verônica Julian, por “Marighella”
Melhor maquiagem: Martín Macías Trujillo, por “Veneza”
Melhor direção de arte: Frederico Pinto, ABC, por “Marighella”
Melhor som: George Saldanha, Alessandro Laroca, Eduardo Virmond Lima e Renan Deodato, por “Marighella”
Melhor efeito visual: Pedro de Lima Marques, por “Contos do Amanhã”
Melhor direção de fotografia
Adrian Teijido, ABC, por “Marighella”
Melhor roteiro adaptado: Felipe Braga e Wagner Moura, adaptado da obra “Marighella: O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo”, de Mario Magalhães – por Marighella
Melhor roteiro original: Henrique dos Santos e Aly Muritiba, por “Deserto Particular”
Melhor montagem documentário: Ricardo Farias, por “A Última Floresta”
Melhor montagem ficção: Karen Harley, EDT por “Piedade”
Melhor curta-metragem ficção: “Ato”, de Bárbara Paz
Melhor curta-metragem animação: “Mitos Indígenas em Travessia”, de Julia Vellutini e Wesley Rodrigues
Melhor curta-metragem documentário: “Yakôkwa, Imagem e Memória”, de Rita Carelli e Vincent Carelli
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